sexta-feira, 30 de março de 2012

Escola usa jogo de xadrez para ensinar matemática


Ao retornar às aulas na Escola Estadual de Ensino Fundamental Bairro Carvalho, em Cachoeira do Sul (RS), foi impossível que os alunos não reparassem no novo brinquedo disponível no colégio: um tabuleiro de xadrez com 13,7 metros quadrados, de rocha basáltica, colado no piso do pátio, com peças feitas de garrafas plásticas. O que talvez eles não tenham percebido é que o novo brinquedo é um método para o ensino de Matemática e de Português.

A estratégia é simples: o xadrez foi incluído no currículo escolar para ajudar na alfabetização em matemática e no letramento dos alunos. A proposta já é posta em prática desde 2009, porém, até então, com 20 tabuleiros em tamanho oficial e com versões digitais, instaladas nos computadores. Segundo a diretora da escola, Paula Cristina Langbecker, é possível observar uma grande melhora no raciocínio, na concentração e na atenção dos alunos em todas as disciplinas.

Os alunos podem jogar xadrez no recreio, antes do início das aulas e também nas atividades de educação física, de acordo com a diretora. Dos 293 estudantes matriculados na escola, 100 estão na educação integral. Deles, 85% residem no bairro Cristo Rei, região frequentemente castigada por enchentes. Devido à carência dos moradores, a maioria recebe renda do programa Bolsa Família e, por isso, tem prioridade no programa Mais Educação.

A escola pretende contratar um monitor para ampliar a oferta do xadrez. Além dessa atividade, os alunos da educação integral pelo programa Mais Educação poderão participar de oficinas de jornal, horta e futsal. O início das atividades, no entanto, depende da chegada de mais uma merendeira, já prometida pela Secretaria Estadual de Educação. A escola conta, atualmente, com duas merendeiras que atendem 293 alunos nos dois turnos.

Educação integral
Neste ano, 30 mil escolas públicas trabalharão em período integral no ensino fundamental, tanto em áreas urbanas como rurais. Serão 15 mil novas escolas incorporadas ao programa em 2012, de acordo com o Ministério da Educação – MEC.

Segundo a diretora de Currículos e Educação Integral do MEC, Jaqueline Moll, o objetivo é aumentar o número de estudantes atendidos, passando dos atuais 2,8 milhões para 5 milhões. O investimento do governo federal nas escolas atendidas pelo programa será de R$ 1,4 bilhão em 2012.

Dados da diretoria de Currículos e Educação Integral mostram que, até a última quarta-feira (21/3), ainda estavam disponíveis 4,2 mil vagas no programa para escolas urbanas e do campo. O prazo de adesão foi ampliado até 15 de abril e as escolas interessadas podem obter informações pelos telefones: (61) 2022-9175, (61) 2022-9176, (61) 2022-9174, (61) 2022-9184, (61) 2022-9211, (61) 2022-9212 e (61) 2022-9181.

Saiba mais!
Programa Mais Educação: visa aumentar a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas no contraturno das aulas, agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.

Bolsa Família: programa do governo federal de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza.

Com informações do MEC.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Gilberto Mattje é uma das atrações do Programa Câmara Ligada de Brasília


Violência e intolerância entre jovens são os temas que serão debatidos amanhã, 30 de Março, às 18 horas (horário de Brasília), no programa Câmara Ligada, exibido na TV Câmara. Entre os convidados, destaque para o psicólogo sul-mato-grossense e autor do livro TOSCO, Gilberto Mattje.


Por que a tolerância dos jovens parece tão reduzida? Por que eles fazem uso da força em vez de resolver as diferenças na base da conversa? É uma questão somente dessa fase da vida ou revela problemas culturais? A agressividade e a violência são diferentes entre meninos de classes sociais ou escolaridades diferentes?


O Câmara Ligada levou essas e outras questões para debate. O psicólogo Gilberto Mattje explica que a violência motivada pela intolerância e o preconceito costuma surgir quando os jovens sentem-se inferiorizados ou quando não conseguem atingir seus objetivos. A agressividade é a forma que encontram para se expressar. Observando jovens violentos e sugerindo formas de superar a agressividade, o psicólogo escreveu o livro “TOSCO”, publicado pela Editora Alvorada, que tem sido adotado com sucesso em escolas de Ensino Fundamental e Ensino Médio.


Participam ainda do programa a Deputada Federal Teresa Surita (PMDB/RR), relatora da lei da Palmada, e ainda, a banda Sabonetes. É possível ainda acompanhar o blog do programa que é atualizado pelo estudante de jornalismo Sérgio Vinícius, que faz parte do site do time do Gama: www.blogama.net.


Como sintonizar a TV Câmara:
No Distrito Federal, a TV Câmara está no canal aberto 27 (UHF), no canal 14 da NET, e no canal 113 da Sky.


Em todo o Brasil, a TV Câmara é sintonizada em:

Sky - canal 113;

Via Embratel – canal 122
Telefônica (DTH) - canal 692

Informações:
Quando estreia: sexta-feira, 30 de Março, 18h
Reprises : sábado, 31/03 às 18h e domingo, 01/04 às 15h e 22h

Na Internet, a TV Câmara pode ser assistida ao vivo pelo endereço www.tv.camara.gov.br

quarta-feira, 28 de março de 2012

As situações didáticas de Arte

Foto: http://novohamburgo.org

A artista plástica Maria de Fátima Junqueira Pereira dispõe desse recurso na Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, onde leciona para o 2º ano. "Em recortes, pinturas ou colagens, os alunos inventam misturas, texturas e cores", explica ela. Trocando experiências com os colegas e criando, eles percebem que há diversas maneiras de trabalhar os materiais.


O conteúdo de Arte é dividido em quatro linguagens: artes visuais, música, dança e teatro, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais. Na prática, a primeira é priorizada e as demais perdem espaço por falta de tempo e de estrutura ou por deficiência na formação dos professores. Isso não significa que eles dominem o ensino da pintura, do desenho e da escultura, mas o fato de estarem mais presentes no dia a dia facilita a abordagem.


Para Rosa Iavelberg, diretora do Centro Universitário Maria Antonia, em São Paulo, o ambiente é determinante para a aprendizagem nessa área (veja as situações didáticas a seguir): "A sala de aula deve ter o clima de um ateliê para que se possa criar".

Situações didáticas de Arte

1. Produção

O que é: Realização de atividades onde o aluno é chamado a criar, a produzir algum trabalho artístico. Seja desenhando, pintando, modelando, fotografando etc. As atividades de produção podem partir de propostas elaboradas pelo professor e podem se articular com a leitura de imagens.

Nesse caso é importante o professor escolher imagens cujas características despertem percepções específicas acerca de algum aspecto visual ou simbólico que se deseja trabalhar com os alunos.

Quando propor: Semanalmente.

O que a criança aprende: A reconhecer conteúdos e conceitos relativos a linguagem da arte.

Matéria extraída do site: http://revistaescola.abril.com.br/arte/fundamentos/olhar-criativo-424836.shtml

terça-feira, 27 de março de 2012

O que podemos aprender com as crianças


 
Você já parou para pensar no papel que a infância exerce no seu dia a dia? Para algumas de nós, essa fase da existência permanece enclausurada nos álbuns de fotografia. Atestado de que a aurora da vida ficou para trás, como um fato irrevogável. Nem tanto. A leveza, a curiosidade e a alegria infantis podem e devem nos acompanhar até o último suspiro. Viva!


"Infelizmente, muitos adultos perderam a vez na magia da existência e, com ela, seu poder de transformação. Eles se fecham no sofrimento e dentro do medo de viver", escreve a psicóloga e arte-terapeuta canadense Alexandra Duchastel no livro O Caminho do Imaginário - O Processo de Arte-Terapia (Paulus).

Em algum momento de nossa trajetória, trocamos o andar ereto e comportado pelas cambalhotas; a lente colorida do caleidoscópio pela ótica cinzenta das preocupações e das responsabilidades. Transição necessária para se alcançar a maturidade. Não há dúvida. No entanto, o radicalismo dessa virada é totalmente dispensável, uma vez que nada nos proíbe de carregar nossa criança interior para todo canto.


Matéria extraída do site:
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/podemos-aprender-criancas-637079.shtml

segunda-feira, 26 de março de 2012

Programa CÂMARA LIGADA da TV CÂMARA terá Gilberto Mattje dia 30


Na juventude a força física dos garotos aumenta muito. Na prática esportiva eles estão no ápice da agilidade, velocidade, resistência e força. Também na adolescência garotos e garotas intensificam as relações em grupos. As vontades ficam acentuadas e, por vezes, as rivalidades entre grupos com gostos diferentes acabam em confusões e brigas. Recentemente vimos casos de agressão como o do estudante Vitor Cunha, que foi espancado depois de tentar defender um morador de rua, no Rio. Ou da garota Rhanna Diógenes, agredida em Natal, que teve o braço quebrado depois de recusar um beijo em uma boate.


Por que a tolerância dos jovens parece tão reduzida? Por que eles fazem uso da força em vez de resolver as diferenças na base da conversa? Por que os preconceitos são levados aos extremos, chegando ao ponto de por em risco a vida de outras pessoas? É uma questão somente dessa fase da vida ou revela problemas culturais? A agressividade e a violência são diferentes entre meninos de classes sociais ou escolaridades diferentes?


O Câmara Ligada levou essas e outras questões para debate. O psicólogo GILBERTO MATTJE explica que a violência motivada pela intolerância e o preconceito costuma surgir quando os jovens sentem-se inferiorizados ou quando não conseguem atingir seus objetivos. A agressividade é a forma que encontram para se expressar. Observando jovens violentos e sugerindo formas de superar a agressividade, o psicólogo escreveu o livro “TOSCO”, que tem sido adotado com sucesso em escolas de Ensino Fundamental e Ensino Médio.


O estudante de sociologia DAVID VEGA também publicou um livro sobre jovens violentos. “CADARÇOS BRANCOS” conta da época em que ele, ainda adolescente, participou de grupos skinheads. Perguntado pelos estudantes da plateia do Câmara Ligada, David conta que um tempo depois de se envolver em brigas e confusões ele percebeu que a violência e a intolerância não se justificavam e decidiu mudar.


A DEPUTADA FEDERAL TERESA SURITA (PMDB/RR) contou dos projetos que acompanhou em Boa Vista (Roraima) na época em que foi prefeita da cidade. Relatora da LEI DA PALMADA, a deputada acredita que a família tem papel fundamental para evitar comportamentos agressivos entre os jovens e defende que os exemplos de tolerância devem começar em casa.


A BANDA SABONETES também contou histórias das suas turnês. Curiosa sobre as brigas nos shows de música, a plateia perguntou sobre as diferenças entre as tribos. Para ALEXANDRE CAJA, baterista do grupo, algumas situações que parecem violentas, como as rodas de pogo nos shows de rock, não são brigas como as que acontecem entre punks e carecas ou nos bailes funks. Para ele, a intolerância começa quando grupos diferentes se misturam e começam a se provocar.


O blog do programa foi atualizado pelo estudante de jornalismo Sérgio Vinícius, que faz parte do site do time do Gama:
www.blogama.net. Sérgio Vinícius diz que já viu violência entre torcidas de futebol, mas que são casos de exceção.

sexta-feira, 23 de março de 2012

O computador pode substituir o professor?

O professor indiano Sugata Mitra é um dos maiores pesquisadores na área de tecnologia e Educação.
Foto: Douglas Eiji Matsunaga

“Se existe um professor que pode ser substituído por uma máquina, é porque ele realmente merece ser substituído”. A resposta foi uma provocação do indiano Sugata Mitra, professor de Tecnologia Educacional da Newcastle University, na Inglaterra e professor visitante do Massachusetts Institute of Technology, o famoso MIT.


Em palestra ontem no EducaParty, programação voltada para a Educação na Campus Party, ele relatou as pesquisas que comprovaram a habilidade das crianças em aprender sozinhas quando têm acesso a um computador com internet, dispensando a intermediação de um adulto.


Seu mais emblemático experimento é o “Hole in the Wall” (Buraco na Parede, em tradução livre). Sugata Mitra colocou um computador com acesso à internet no muro de uma favela em Nova Delhi, na Índia e, com auxílio de câmeras, observou o processo durante dois meses. O resultado? Crianças que nunca viram um computador e não sabiam inglês aprenderam rapidamente a navegar na internet e ainda ensinavam outras crianças. “Em 9 meses, as crianças atingem o nível de secretárias que trabalham com o computador no escritório”, disse Mitra.


Essa experiência pode ser uma solução para um dos problemas que Mitra encontra na Educação atualmente: a falta de escolas. “Ela demonstra que crianças expostas ao computador rapidamente entendem seu funcionamento” e os benefícios não tardam a aparecer: melhora a leitura, a compreensão e a capacidade de responder a perguntas.


Porém, a principal transformação que esse aprendizado realiza nas crianças é outra. Elas ficam mais confiantes, a autoestima cresce, a postura muda. “Elas dizem para si mesmas que são capazes de fazer o que as outras crianças fazem, mesmo que não tenham a mesma condição financeira”, relata Mitra.


Falta de interesse
O segundo problema diagnosticado por ele é o desinteresse dos alunos. A solução é simples: saber instigar as crianças com a ajuda do computador. Hoje, a principal reclamação dos alunos é não entender por que estão aprendendo determinada matéria. “Trigonometria, por exemplo, é uma palavra que apavora todo mundo”, exemplifica.


Uma história real mostra como despertar o interesse das crianças. Em Hong Kong, Mitra perguntou aos alunos como um Ipad sabe sua localização e deixou que pesquisassem na internet. Trinta minutos depois, os alunos aprenderam que três satélites estavam envolvidos no trabalho. E, depois de outra rápida pesquisa, descobriram que o Ipad usava trigonometria. “Perguntei se eles queriam saber como isso funcionava e os meninos de 12 anos responderam que sim! E então eu disse ao professor de matemática: “agora a porta está aberta”.


O modelo atual de Educação, que ignora as mudanças promovidas pela tecnologia, também contribui para o desinteresse dos alunos, acredita Mitra. “Uma criança lê uma página inteira, mas não consegue entendê-la, interpretá-la”, aponta. Para ele, isso é fruto de um modelo ultrapassado de Educação “definido 300 anos atrás”, que prioriza a capacidade de decorar informações.


Naquela época isso fazia sentido, já que o cérebro era a principal ferramenta para armazenar dados; mas hoje existem diversos dispositivos que podem realizar essa tarefa. “A memória não é o mais importante, mas sim, a capacidade de compreensão e de discernimento sobre as informações que lê”, defende. O sistema educacional ainda não entende isso: “se um aluno perguntar se pode levar um pendrive para fazer a prova, a resposta será não".


Voltando à polêmica sobre a necessidade de um adulto que intermedeie o processo de aprendizagem, Mitra explica que o papel do professor assim como o currículo devem ser reformulados para que as crianças se interessem pelo estudo. Hoje, o professor ensina um método para solucionar problemas e explica quando usá-lo. Para ele, as crianças devem ter a possibilidade de encontrar um método sozinhas e o professor deve apoiar e instigar esse processo.



Assista a uma palestra que Sugata Mitra o evento Ted Global, em 2010, sobre suas pesquisas.
http://www.ted.com/talks/sugata_mitra_the_child_driven_education.html

Matéria extraída do site Educar para Crescer: http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/isto-da-certo/2012/02/08/o-computador-pode-substituir-o-professor/

quinta-feira, 22 de março de 2012

Boniteza e alegria


Em um trecho de sua obra Pedagogia da Autonomia, o educador Paulo Freire defende que a experiência pedagógica deve despertar nos envolvidos o gosto da alegria, sem a qual a prática educativa, para ele, perderia o sentido. “Ensinar e aprender”, dizia o mestre, “não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”. Uma escola de ensino básico encontrou um jeito especial de envolver seus alunos com a boniteza e a alegria do aprendizado.

Os estudantes leem poesias ao contrário, os versos de baixo para cima, e se deparam com outro sentido no conteúdo. Os aprendizados por trás da prática, que a escola chama de poema reverso, servem para toda a vida: ensinam humor e bom espírito, a receber uma informação de forma ativa, agindo sobre ela, e a ter pensamento flexível, um motor essencial da criatividade.

A escola em questão, a St Paul’s Convent School, fica em Hong-Kong, território sob domínio da China e, no passado, ex-colônia britânica. Ela foi recentemente visitada por uma consultora em educação, Helena Renfrew-Knight, parceira da organização sem fins lucrativos Futurelab, com sede em Londres (Inglaterra), que apoia educadores pesquisando práticas e ferramentas para melhorar o ensino e a aprendizagem nas escolas.

A motivação da consultora, uma especialista em inovação escolar e em utilização de tecnologias na sala de aula, era saber por que a escola de Hong-Kong mantém uma liderança de 10 anos em avaliações locais, o que contribui para colocar o território no quarto melhor desempenho do PISA — o programa da OCDE (Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica) que monitora resultados de sistemas educativos de um conjunto de países, avaliando a cada três anos os estudantes em leitura, matemática e ciências. Os resultados dessas avaliações são um dos critérios utilizados por organizações internacionais para caracterizar o desenvolvimento de um país.

Visão positiva
A prática de ler poemas ao contrário é aplicada na escola Saint Paul a jovens de ensino médio. O exemplo abaixo, criado pelos alunos, opõe uma leitura com ponto de vista negativo e o seu oposto positivo, o que se encaixa em uma cultura de valores disseminados pela instituição. Segundo a consultora Helena, a Saint Paul quer superar uma aprendizagem tradicional, passiva, colocando no lugar algo mais ativo e apropriado ao mundo atual e que exige nova postura dos estudantes por meio de novos estímulos a suas habilidades.

Voltando ao poema, primeiro os versos foram apresentados assim:
Estou vivendo uma vida miserável
E é tolice acreditar que
A vida é um fluxo interminável de esperança e chances.
Depois, de baixo para cima, o resultado leva à outra interpretação:
A vida é um fluxo interminável de esperança e chances.
E é tolice acreditar que
Estou vivendo uma vida miserável

Há um poema atribuído a Clarice Lispector que se presta ao exercício. Ao ser lido na ordem inversa, oferece, como no exemplo da escola, interpretação distinta.
Não te amo mais
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais…

Educação integral
A Saint Paul é dirigida há 19 anos por Margaret Wong, uma gestora “altamente carismática” nas palavras de Helena Renfrew-Knight, sempre disposta a abraçar novos métodos e tecnologias para a promoção de uma educação integral para a vida. Para isso, o currículo introduzido na instituição na última década enfatiza um estilo de ensino descrito como “aprender a aprender”, que reforça a prática da reflexão, entre outros pontos, e valores como alegria, simplicidade, trabalho duro e excelência.

Nos dois primeiros anos do ensino médio, todos os alunos da escola recebem uma formação especial em “aprender a aprender”, conta a consultora em seu registro. O aprendizado é transmitido tanto por professores quanto por alunos mais velhos e o foco é o reforço de hábitos essenciais ao aprendizado e ao desenvolvimento cognitivo, tais como persistência, controle da impulsividade, pensar de forma flexível e interdependente, questionar e colocar problemas, estar aberto para aprender continuamente.

Tecnologias para ir além
A Saint Paul tem um portal de aprendizagem que os alunos acessam para fazer atividades complementares e também debater tanto conteúdos disciplinares quanto temas relacionados ao papel da escola e dos pais em suas responsabilidades com a educação. O recurso permite aprendizagens além do período escolar, mas o valor essencial que o justifica é uma espécie de lema que a escola procura transmitir aos estudantes: o de que tudo é possível e, por isso, eles devem ter aspirações elevadas.

Alguns jovens, constatou a consultora, estavam mesmo “alcançando as estrelas” com a construção de uma aeronave de dois lugares, e aprendendo teorias de aerodinâmica. Outros “voavam” por meio da música. Uma aluna ofereceu à visitante um prelúdio de Mendelssohn ao piano, um dos instrumentos que tocava, além de violino, violoncelo e harpa.


Leia a reportagem completa no Portal Onda Jovem
Texto: Lélia Chacon

quarta-feira, 21 de março de 2012

10 dicas para incentivar o seu filho a ler



Assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede, deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava em um outro e fazia telhado. E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livro." O relato é de Lygia Bojunga. Quando criança, ela fazia do livro um brinquedo. Já adulta, transformou-se em uma das principais escritoras brasileiras de livros infantis. A história de Lygia ilustra e comprova a teoria de que o contato com os livros desde cedo é importante para incentivar o gosto pela literatura.

Os benefícios da leitura são amplamente conhecidos. Quem lê adquire cultura, passa a escrever melhor, tem mais senso crítico, amplia o vocabulário e tem melhor desempenho escolar, dentre muitas outras vantagens. Por isso, é importante ler e ter contato com obras literárias desde os primeiros meses de vida. Mas como fazer com que crianças em fase de alfabetização se interessem pelos livros? É verdade que, em meio a brinquedos cada vez mais lúdicos e cheios de recursos tecnológicos, essa não é uma tarefa fácil. Mas pequenas ações podem fazer a diferença.

"O comportamento da família influencia diretamente os hábitos da criança. Se os pais leem muito, a tendência natural é que a criança também adquira o gosto pelos livros", afirma Rosane Lunardelli, doutora em Estudos da Linguagem e professora Universidade Estadual de Londrina (UEL). A família tem o papel, portanto de mostrar para a criança que a leitura é uma atividade prazerosa, e não apenas uma obrigação, algo que deve ser feito porque foi pedido na escola, por exemplo. "As crianças precisam ser encantadas pela leitura", diz Lucinea Rezende, doutora em Educação e também professora da UEL.

Para seduzir pela leitura, há diversas atividades que os pais e outros familiares podem colocar em prática com a criança e, assim, fazer do ato de ler um momento divertido. No período da alfabetização - antes dela e um pouco depois também -, especialistas sugerem que se misture a leitura com brincadeira, fazendo, por exemplo, representações da história lida, incentivando a criança a criar os próprios livros e pedindo que a criança ilustre uma história. "Para encantar as crianças pequenas, é essencial brincar com o livro", recomenda Maria Afonsina Matos, coordenadora do Centro de Estudos da Leitura da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Maria Afonsina também dá uma dica: nunca reclame dos preços dos livros diante do seu filho. "O livro precisa ser valorizado", diz ela.

Siga as dicas para transformar o seu filho em fase de alfabetização em um pequeno grande leitor:

1. Respeite o ritmo do seu filho:
Não se preocupe se o livro escolhido pelo seu filho parecer infantil demais. Cada criança tem um ritmo diferente. O importante é que o livro esteja sempre presente. A criança costuma dar sinais quando se sente preparada para passar para um próximo nível de leitura. "É preciso estudar o outro, entender o que ele gosta e respeitar as preferências", afirma Maria Afonsina Matos, coordenadora do Centro de Estudos da Leitura da Uesb.

2. Siga o gosto do seu flho:
Talvez o que o seu filho gosta de ler não seja exatamente o que você gostaria que ele lesse. Mas, para adquirir o hábito a leitura, é preciso sentir prazer. Então, se o seu filho prefere ler livros de super-heróis aos clássicos contos de fada, por exemplo, não se preocupe (e nem pense em proibi-lo!). "É importante entender a criança e lhe proporcionar leituras que atendam aos seus desejos", diz Rosane Lunardelli, da UEL.

3. Faça passeios que tragam a leitura para o cotidiano:
"Os pais precisam dar possibilidades para que as crianças se sintam envolvidas pela leitura", recomenda Lucinea Rezende, da UEL. Por isso, no seu tempo livre, procure fazer atividades com o seu filho que você possa relacionar com um livro. Uma ida ao zoológico, por exemplo, torna-se muito mais interessante depois que a criança leu um livro sobre o reino animal. E vice-versa: uma leitura sobre animais é mais bacana depois que a criança teve a oportunidade de ver de perto os bichinhos. E, assim como essa, há muitas outras maneiras de juntar passeios de fim de semana com a leitura: livro de experiências + visita a museu de ciências, livro de história + passeio em local histórico, visita a museu de arte + livro infantil sobre arte... As possibilidades são inúmeras!

4. Incentive o seu filho a ler todas as noites:
E, se ele ainda não for alfabetizado, conte histórias para ele antes de dormir. Por isso, é importante que ele tenha uma fonte de iluminação direta ao lado da cama, como um abajur. Uma ideia bacana é dar um presente para a criança nos fins de semana: permita que ela fique acordada até um pouco mais tarde para ler na antes de dormir. A professora Maria Afonsina Matos, da Uesb, relata que costumava contar histórias para os seus filhos todas as noites. "Hoje eles são adultos que leem muito", conta.4. Incentive a leitura antes de dormir:

5. Improvise representações do livro:
"Concluída a leitura de um livro, os pais podem organizar peças de teatro baseadas na obra", sugere Lucinea Rezende, da UEL. Uma boa ideia é convidar outras crianças para participar da atividade. Os adultos podem ajudá-las a elaborar uma espécie de roteiro e pensar nas vestimentas e nos cenários a serem criados. Depois dos ensaios, a peça pode ser apresentada para um grupo de pais ou para toda a família. Também é interessante gravar com o celular ou uma filmadora a encenação da peça, para que depois a criança possa ver o próprio desempenho.

6. Publique o livro do seu filho:
Proponha para o seu filho que ele faça o próprio livro. "As crianças gostam de criar histórias, viver personagens, imaginar paisagens", diz Maria Afonsina Matos, da Uesb. Primeiro, peça que ele tire fotos (e imprima-as) ou recorte figuras de revistas antigas. Depois, a partir das imagens, peça que ele escreva uma história. Ajude-o a criar uma capa para o livro e, por fim, coloque-o na estante, junto com outros livros. Que criança não adoraria ter um livro de sua autoria na biblioteca de casa?

7. Organize um clube do livro:
Convide amigos e colegas de escola do seu filho para uma espécie de festa da leitura. No início, cada criança lê o trecho de um livro que pode até ser escolhido por eles (mas com orientação dos adultos). Depois de lida a obra, organize um debate sobre a história. Tudo isso pode ser feito durante uma tarde de sábado ou domingo, com direito a guloseimas que as crianças adoram, como cachorro-quente e chocolate quente (no fim de semana, pode!). "Na infância, a leitura tem de estar ligada a uma atividade divertida", afirma Rosane Lunardelli, da UEL.

8. Ajude-o a ler melhor:
Muitas crianças ficam frustradas por ler muito devagar em voz alta. Se é o caso do seu filho, você pode ajudá-lo fazendo exercícios, como cronometrar o tempo que ele leva para ler um texto ou o trecho de um livro em voz alta. A atividade pode ser repetida várias vezes em dias diferentes e, assim, a criança vai poder comprovar o próprio desenvolvimento. Para aprimorar a atividade, peça que ele faça vozes diferentes para cara personagem da história. "A sonoridade fascina as crianças", explica Lucinea Rezende, da UEL.

9. Não pare de ler para ele:
Após a alfabetização, é importante incentivar que a criança leia sozinha, mas isso não significa que você deva parar de ler para ela. Quando um adulto lê em voz alta um livro um pouco mais difícil, a criança é capaz de compreendê-lo, o que provavelmente não aconteceria se ela estivesse lendo sozinha. Abuse das vozes diferentes, dos sons, das entonações. Assim, a história fica muito mais emocionante. Parlendas e músicas, por exemplo, são ideais para serem lidas em voz alta. "Histórias lidas em voz alta e com emoção deixam as crianças mais leves, mais soltas", afirma Maria Afonsina Matos, da Uesb.

10. Frequente livrarias e bibliotecas:
"Para adquirir o gosto pela leitura, a criança precisa se familiarizar com o ambiente de leitura", diz Rosane Lunardelli, da UEL. E, enquanto o acervo literário de casa é limitado, nas livrarias e nas bibliotecas a criança pode ter contato com uma infinidade de obras diferentes. Transforme as idas a livrarias, bibliotecas e feiras do livro em um programa de fim de semana. Hoje, nas grandes cidades, muitas livrarias e bibliotecas públicas oferecem atividades específicas para as crianças. E esse programa ainda é de graça. Algumas livrarias, inclusive, têm espaços para leitura (sem que os livros precisem ser comprados!).


* Matéria extraída do site Educar para Crescer: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/incentivar-leitura-624840.shtml

terça-feira, 20 de março de 2012

Seus alunos usam muito o celular?

Foto: Blog do Meireles

Analise com a turma o impacto das novas tecnologias no dia a dia dos alunos e compare os recursos utilizados ontem e hoje para a transmissão de informações. 

Objetivos: - Problematizar o impacto das tecnologias de informação e comunicação na vida cotidiana, especialmente por meio do uso dos smartphones.
- Proporcionar aos alunos uma visão geral sobre a convergência digital, compreendida como a integração de diversos serviços e tecnologias em uma mesma plataforma ou dispositivo tecnológico.

Conteúdos:
- Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s).
- Convergência digital.
- Sociologia.

Tempo estimado:  Duas aulas

Material necessário:
- Cópias do artigo “Homo connectus”, de Roberto Pompeu de Toledo para todos os alunos

Introdução Conforme o texto de Roberto Pompeu de Toledo, publicado em Veja, os smartphones alteraram de maneira significativa a vida cotidiana de muitas pessoas (nos comportamos agora como os Homo Connectus descritos pelo colunista). A metáfora bem-humorada sugere que para essa “nova espécie” a conectividade proporcionada pelas tecnologias atuais é praticamente indissociável das demais atividades sociais dos indivíduos.

Este plano de aula reúne elementos para uma melhor compreensão sobre as formas de comunicação atuais e seus impactos sociais. Mais especificamente, a partir da crítica do colunista, procura proporcionar aos alunos os argumentos para a compreensão daquilo que se convencionou chamar de “convergência digital”, representada em grande medida pelos serviços de telefonia e equipamentos como os smartphones.

Desenvolvimento 1ª aula Inicie a aula com uma conversa com os alunos, procurando saber a opinião deles sobre conectividade. O que o termo significa para eles? Procure saber como eles se comunicam no dia a dia com os amigos e familiares, e também se eles se consideram pessoas conectadas. Perguntas como “Quantos e-mails ou torpedos você envia por dia?” podem ser uma boa maneira de animar a discussão.



Em seguida, distribua as cópias da coluna de Roberto Pompeu de Toledo publicada em Veja e conduza uma leitura dirigida, esclarecendo eventuais dúvidas. Após a leitura, pergunte aos alunos se eles concordam com o texto e peça que eles argumentem a respeito. Finalmente, utilizando elementos do texto de apoio abaixo, estimule a discussão sobre os impactos da conectividade no comportamento humano.

O ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1978, Arno Penzias, certa vez afirmou que “a internet ignora os três conceitos básicos da física: o tempo, a massa e o espaço”. A frase, no entanto, pode ser aplicada para a maioria dos métodos de comunicação atuais: em primeiro lugar, a informação eletrônica é composta de impulsos elétricos (por isso não tem massa), podendo ser veiculada e reproduzida a um custo baixíssimo; além disso, os avanços tecnológicos possibilitaram que os meios de comunicação se difundissem como nunca antes, tornando-se acessíveis por meio de equipamentos individuais e superando as barreiras tradicionalmente impostas pelo tempo e espaço.

Pense em um método de comunicação mais “antigo” como, por exemplo, a carta. Até pouco tempo atrás, para uma informação escrita chegar a seu destinatário, era necessário que ela se deslocasse fisicamente do remetente ao destinatário, em um processo que tomava certo período de tempo. Na prática, os avanços tecnológicos simplificaram e aceleraram esse processo, de maneira que um SMS ou e-mail de certa forma “ignoram” as barreiras impostas pelo tempo e o espaço – a comunicação não depende mais do contato direto entre os interlocutores ou do deslocamento de um meio físico.  Hoje, a informação navega em tempo real.
Anthony Giddens, famoso sociólogo britânico, chama esse fenômeno de “separação de tempo e espaço”, indicando que ele possui desdobramentos práticos muitas vezes não percebidos. O autor aponta que esse processo é “fundamental para o maciço dinamismo que a modernidade introduz nas questões sociais humanas”, muitas vezes causando um “desencaixe” entre os indivíduos e os sistemas sociais que eles habitam (o que explicaria, por exemplo, os usuários de smartphones estarem sempre conectados com coisas distantes, muitas vezes ignorando o espaço onde estão fisicamente).
Portanto, de forma resumida, o avanço das tecnologias libertou nossa sociedade contemporânea das restrições físicas dos antigos métodos de comunicação. Porém, essas facilidades fizeram com que a comunicação não tenha mais hora e nem lugar específicos para acontecer. Ou seja: a comunicação pode acontecer a qualquer hora e em todo lugar, e qualquer demora pequena em se comunicar pode significar um problema social (não saber do último boato, perder uma oportunidade de negócios, não saber das últimas notícias etc.). Talvez por isso os smartphones e tablets sejam tão disseminados atualmente, pois podem ser considerados como nossa ferramenta para o ato de se comunicar em uma modernidade que superou o tempo e o espaço.
Discuta as ideias acima com a turma e se possível, utilize outros exemplos de meios de comunicação “antigos” (telegramas, cartão postal, “fofoca”), comparando-os com opções atuais (Twitter, Facebook, chat em vídeo). Termine a discussão propondo um exercício de pensamento para os alunos, indagando sobre como seria a vida deles sem os métodos de comunicação atuais. Se julgar necessário, peça que escrevam um texto dissertativo a respeito, que deve ser entregue na próxima aula.

2ª aula Inicie a segunda aula com uma breve revisão da aula anterior e ressalte a ideia de que as tecnologias permitiram que o mundo moderno “suspendesse” a maioria das restrições físicas à comunicação humana. Em seguida, apresente aos alunos o conceito de “convergência digital”, conforme a citação abaixo e a leitura sugerida:


A integração de tecnologias e serviços, compartilhando o mesmo meio (…) é o que se chama convergência digital. Acesso à internet pela televisão, uso de telefonia e transmissões de rádio pela internet e até o uso de celulares para assistir TV são alguns exemplos de convergência digital (Leon, 2009).

Procure saber se todos estão familiarizados com o conceito de smartphone. Lembre-se, um smartphone é um aparelho eletrônico que agrega funções diversas, misturando as funções dos celulares com recursos dos computadores. Se necessário, utilize exemplos de produtos que se enquadram na classificação (iPhone, Blackberry etc.). Incentive os alunos a enumerarem e descreverem as tecnologias contidas nos smartphones (para citar apenas algumas: telefonia móvel, mensagens de texto, acesso à Internet, captura de imagens e vídeos... certamente, a turma vai lembrar muitas outras funcionalidades para os gadgets disponíveis no mercado).

Em seguida, problematize a relação entre os equipamentos tecnológicos e os fenômenos sociais discutidos anteriormente (a facilidade de comunicação e seus impactos sociais). Na opinião deles, os smartphones são um exemplo de “convergência digital”? Qual seria o papel desses aparelhos tecnológicos nos processos de comunicação atuais? Eles facilitam a convivência entre as pessoas? Eles podem atrapalhar?

Por fim, peça que os alunos, individualmente, elaborem um texto curto (até quatro parágrafos), utilizando os elementos presentes na coluna de Roberto Pompeu de Toledo e os assuntos discutidos em aula. Para direcionar a produção de textos, você pode sugerir temas como “Um mundo conectado”, “Os aspectos negativos da convergência digital”, “Comunicação e informação: ontem e hoje”.

Avaliação Os alunos devem ser avaliados de acordo com a participação nas discussões em sala de aula; a compreensão dos temas abordados (impacto das tecnologias de comunicação, convergência digital); a clareza e a criatividade dos textos elaborados em sala de aula. É importante que, ao final das aulas, eles saibam o que é a convergência digital.


Quer saber mais?

BIBLIOGRAFIA
Convergência digital: mídias integradas. Leon, André. In ComCiência – Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. Dossiê Utopias Virtuais, agosto de 2009. Disponível em
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=48&id=594
Modernidade e identidade (capítulo 1, Os contornos da alta modernidade). Giddens, Anthony. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002.

Fonte: Site Revista Escola Abril

segunda-feira, 19 de março de 2012

Compartilhando as atividades

Animação, criatividade e muita vontade de trabalhar! Assim vendo sendo o resultado dos professores que participaram da capacitação ocorrida nos dias 1º e 2 de março, em Campo Grande. Motivados e empolgados pelo Projeto Tosco em Ação, eles estão colocando a mão na massa e mostrando que é possível trabalhar com temas como violência, bullying e drogas, de uma forma leve e flúida.

Através das atividades propostas no livro complementar, "Compreendendo Tosco", várias ações estão sendo implementadas em suas cidades. Para conferir as fotos em nossa fanpage clique aqui

Veja alguns exemplos enviados:




 





sexta-feira, 16 de março de 2012

Tosco - Depoimento professora Silvana SED/MS

Veja o depoimento de professores e técnicos que já começaram a trabalhar com o livro TOSCO em suas escolas e o que estão achando dos resultados.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Tosco - Depoimento professor André Luiz SED/MS

Veja o depoimento de professores e técnicos que já começaram a trabalhar com o livro TOSCO em suas escolas e o que estão achando dos resultados.
 
 

terça-feira, 13 de março de 2012

Vídeo blog Editora Alvorada

Através da tecnologia é possível compartilhar informações e novos experimentos, como este vídeo blog que a Editora Alvorada acaba de lançar. Apresentado pela jornalista Elaine Valdez, periodicamente estaremos dando sugestões culturais e dicas de livros para você que é antenado e gosta de ficar bem informado.

E adivinha qual o livro que escolhemos para nossa estreia? Devido o sucesso, resolvemos começar por este belo projeto que vem despertando o interesse de jovens estudantes e educadores em todo Brasil. Se você ainda não conhece o Tosco, a hora é agora.

Em breve, teremos mais novidades, continue nos acompanhando!



segunda-feira, 5 de março de 2012

Escolas Estaduais iniciam hoje projeto “Tosco em Ação”


Palestra Gilberto Mattje, autor do livro Tosco
Olhares atentos, anotações, risos, mãos levantadas procurando sanar dúvidas. O evento “Seminário de Capacitação do Projeto TOSCO”, realizado nos últimos dia primeiro e dois de março, foi marcado por palestras, debates, apresentação de conteúdo, dinâmicas em salas de aula e animação teatral. Com uma avaliação positiva do evento, professores saíram renovados de Campo Grande.

Ao todo, cerca de 350 coordenadores de área de Língua Portuguesa, novo cargo da Secretaria de Estado de Educação (SED/MS), retornaram as suas cidades com uma missão: dar início ao projeto “Tosco em Ação – Combatendo a Violência nas escolas da Rede Estadual de Ensino”. Após dois dias de capacitação coordenadores repassam o que aprenderam sobre o TOSCO para comunidade escolar. 
Gilberto Mattje distribui autógrafos durante evento

Entre os palestrantes da capacitação Gilberto Mattje, mestre em psicologia e autor do livro "Tosco", Ricardo Leite, coordenador do "Escola 2.0" e especialista em novas tecnologias educacionais e Gilnei Maciel, coordenador pedagógico da Editora Alvorada e responsável pela execução do projeto. Momentos de descontração também fizeram parte da programação, como ginástica laboral e teatro com o grupo Mercado Cênico.
Dinâmicas e teatro marcaram o evento

O primeiro passo agora é criar um plano de ação junto à secretaria e diretoria da escola, e que envolva toda a comunidade escolar para aplicação de metodologias e atividades para minimizar a violência nas salas de aula, baseadas no livro "Tosco", de Gilberto Mattje. As ações são por meio da identificação e reflexão dos adolescentes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio.

A Capacitação - "Essa capacitação foi excelente, nunca achei que o tempo passou tão rápido em uma capacitação. Tivemos momentos encantadores entre conhecimentos e motivação para trabalhar. Não imaginei que voltasse para minha escola com tantas informações", afirma Eletízia Fiuza Sales, por meio da rede social do "Tosco", professora da Rede Estadual em Três Lagoas.
Trabalhos em sala de aula
Gilnei Maciel também faz uma avaliação positiva, principalmente em relação a participação e aceitação do projeto por parte dos educadores. "O que precisamos agora é envolver toda a comunidade escolar e também as famílias desses adolescentes. Tivemos momentos maravilhosos durante a capacitação. O que precisamos agora é que todos se envolvam nessa causa da redução da violência. No que depender do entusiasmo dos coordenadores, tenho certeza, teremos êxito", diz Gilnei.
Palestra Gilnei Maciel, coordenador pedagógico Editora Alvorada

Para a secretária de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, Maria Nilene Badeca da Costa, “esse trabalho sempre foi um anseio e agora encontramos o material necessário para o correto desenvolvimento. A prevenção é a principal ferramenta que temos, com o Projeto Tosco em Ação atingiremos nossa meta de diminuir a violência e a evasão, que muitas vezes é ocasionada pela falta de apoio e compreensão aos estudantes”, ressalta.
Equipe de técnicos e professores multiplicadores do projeto - SED/MS

O Tosco - De acordo com Gilberto Mattje, autor do livro, “Tosco nasceu da percepção da dificuldade em lidar com o tema da violência em suas diferentes formas com os jovens adolescentes. A maioria dos materiais paradidáticos que se propõe a abordar o tema, apenas fornecem informações, outros dão broncas ou conselhos. A ideia do livro Tosco é interagir com o adolescente de forma que este se identifique com a história”, explica.
 
Dinâmicas de sociabilização durante a capacitação dos coordenadores