quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Rede social e Tosco em Ação no mesmo lugar? Sim!


Olá galera do Tosco em Ação!

Você já sentiu falta de compartilhar as ações do Tosco em Ação da sua escola com outros professores mas não sabia como encontrá-los? Ou quis tentar uma dinâmica diferente, mas não tinha idéias do quê ou de como fazê-la? Ou até pensou em montar um grupo para discussão, mas não tinha onde fazê-lo?

Foi pensando nisso que a Editora Alvorada criou uma Rede Social totalmente voltada para o setor da educação.

A Rede Tosco!


A Rede Tosco é uma rede social desenvolvida pela Editora Alvorada para facilitar e compartilhar as atividades ligadas a educação. Estamos em um novo momento. Com a chegada da Web 2.0, aproveitamos esta nova plataforma para obter mais contatos e mais conhecimento. Desta forma, desenvolvemos aplicativos inteligentes que otimizam os efeitos em rede.

E em um mundo globalizado, onde as relações virtuais são cada vez mais comuns, nada melhor que ter mais relacionamentos de pessoas com o mesmo ideal.

Acesse agora: www.redetosco.com.br e clique em "Quero me cadastrar" e caso tenha conta no Facebook, é só linkar sua conta com a Rede Tosco clicando em "Entrar com Facebook". Esperamos por você!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Dica de filme!

Mais uma terça-feira com dica de filme para o projeto Tosco em Ação! Porém, como a classificação do filme é de 14 anos, orientamos assistir ao filme antes e decidir se é aconselhável passar aos jovens. O filme de hoje é Escritores da Liberdade (2007).


Abordagem: importância do professor na formação do caráter, inclusão social, respeito às diferenças.

Erin Gruwell (Hilary Swank) é uma jovem professora que é designada para lecionar em um colégio onde estudam alunos de baixa-renda. Cheia de motivação, Erin não recebe apoio da diretora nem de seus alunos. Mas sua determinação a faz seguir em frente em sua odisséia.

Ao tentar fazer com que leiam o “O Diário de Anne Frank”, é reprimida pela diretora, que diz que os livros do acervo da escola serão destruídos. Por isso, Erin resolve investir seu próprio dinheiro em cadernos para que cada um deles construa um diário. Assim que a professora começa a ler os diários, começa a entender a realidade dos jovens alunos, criando uma relação de amizade e compreensão com eles.

Filme emocionante que mostra como a determinação de professores a alunos pode mudar a realidade em uma sociedade violenta.

Assista ao trailer:

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Dica de livro!


Olá visitantes do Blog Tosco em Ação! Decidimos reservar toda segunda-feira para uma dica valiosa de livros sobre educação que podem ser utilizados no projeto Tosco em Ação.

Vamos abrir a nossa primeira sessão literária com o livro recém-saído do forno, "Bullying não é brincadeira", de Valeria Rezende da Silva.

Durante seu trabalho como Orientadora Educacional em grandes escolas, Valeria teve contato diário com dilemas vividos pelos estudantes. Nesse tempo, se aprofundou no tema bullying e, após uma temporada de estudos nos Estados Unidos e a criação de um site, lançou seu primeiro livro no dia 22 de outubro. O objetivo é compartilhar com pais e educadores a visão prática de quem vivenciou de perto os dramas causados pelo problema.

Com mais de mil acessos diários, o site "Bullying não é brincadeira", criado por ela,  tornou-se uma referência para assuntos sobre bullying em diferentes cidades e Valeria passou a dar palestras em escolas e entrevistas para importantes canais de comunicação, contribuindo, por exemplo, para a reportagem de capa da Veja sobre o tema em 2011.

Além de estudos atuais sobre bullying em todo o mundo, o livro é enriquecido por diversos depoimentos reais e pela visão prática de quem passou anos dentro de escolas.

O diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e Diretor da Sucursal do Rio de Janeiro do Estadão, Marcelo Beraba, assina a orelha do livro. “Este livro é um safanão. Os depoimentos são emocionantes, de uma sinceridade e de uma coragem que nos obrigam a rememorar tudo o que vivemos no período escolar, na infância e na adolescência, e a repensar cenas e momentos que imaginávamos normais, mas que eram cenas e momentos de grandes sofrimentos para as crianças e jovens vítimas do escárnio público”, afirma Marcelo. “Não é um livro acadêmico, é uma conversa amorosa – dura, orientadora, mas amorosa –com pais e educadores”, completa o jornalista.

O livro “Bullying não é brincadeira” tem 172 páginas e está à venda no site www.bullyingnaoebrincadeira.com.br por apenas R$ 29,90.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Professora cria "remédio" contra bullying em escola da periferia de São Paulo



Por Fernanda Cruz

São Paulo Quando adolescente, a professora Deyse da Silva Sobrino media 1,72 metro e pesava 45 quilos. A garota alta e magra sofria quando era chamada pelos colegas de “pau de catar balão” e “vareta de bilhar”. Na época, o termo bullying ainda não existia, mas a prática de criar apelidos maldosos e agredir de forma física ou verbal já fazia parte do cotidiano das escolas.

Atualmente, Deyse tem 60 anos e três formações: biologia, pedagogia e direito. Ela dá aulas há 42 anos e tenta passar aos seus alunos ensinamentos que vão além da informática que ministra na Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bonifácio, localizada na zona leste, periferia da capital paulista. “Isso [o bullying] nunca me afetou. Eu estava bem comigo mesma. É isso que tento passar ao aluno, que se sinta bem com ele mesmo”.

Andresson Silva, 13 anos, estudante do 8º ano, seguiu o conselho da professora Deyse. O menino tem um grau de deficiência visual e, por usar óculos, recebia apelidos maldosos dos outros meninos. “Era muito ruim. Todo dia chegavam com uma brincadeira de maldade. Eles me pegavam, jogavam no chão, empurravam, me batiam, xingavam. Pegavam meus óculos e jogavam no chão. Eu não suportava a pressão”. Ele conta que tem poucos amigos e sofreu bullying desde os 5 anos de idade. Por medo, Andresson evitava o assunto com os pais, mas encontrou apoio na professora que já viveu o mesmo problema.

“O aluno vêm me contar seus segredos e não conto a ninguém. Se ele confiou em mim, por que vou contar para os outros? Esse relacionamento de professor e aluno é a base. Se não tiver isso, não há diálogo, não existe amizade”, disse a professora.

Mas a grande mudança para Andresson e os outros alunos, que têm entre 5 e 17 anos, veio em 2010, quando Deyse decidiu tomar uma atitude contra o bullying em toda a escola. Ela distribuiu um questionário anônimo para uma parte dos estudantes (309 alunos) contendo perguntas como: você já sofreu bullying? Já praticou? Já viu alguém praticando?

O resultado surpreendeu a professora, que leciona na José Bonifácio há 15 anos: 70% dos alunos já presenciaram a prática, 44,5% já foram vítimas, 38,5% admitiram ter praticado bullying alguma vez na vida e 9,7% praticam constantemente. Os ambientes escolares onde o bullying esteve mais presente foram o pátio e a sala de aula.

Para reverter essa situação, a professora criou um medicamento fictício com a ajuda dos alunos, chamado Sitocol. Sob o slogan “Tomou o Sitocol hoje?”, o remédio tem uma bula, escrita de forma coletiva entre os alunos. “Ele age no organismo produzindo consciência, modificando a maneira de agir das pessoas, o sentimento. Se usado em excesso, o Sitocol vai fazer rir muito e ter muita felicidade”, destacou a professora.

Com a campanha, a redução da prática do bullying na escola foi considerável. Em média, 700 alunos têm recebido, por ano, as orientações da professora Deyse, distribuídas por 21 turmas. Ela planeja reaplicar o questionário entre os alunos no próximo ano, mas relata que a melhora na atitude deles pode ser vista pelos corredores da instituição. “Antes, quando a gente subia a escadaria eu via os alunos grandes pegando os pequenos pelos braços e arrastando pelo corredor, com ar de poderosos. O outro esperneava de vergonha. E eu mandava soltar. Mas isso era frequente”.

A professora presenciava também outras situações humilhantes vividas por vítimas de bullying. Certa vez, um aluno jogou o conteúdo da mochila de um colega no pátio da escola. Os alunos que passavam naquele momento ajudavam a chutar os pertences, que se espalharam pelo chão. Deyse ajudou a vítima a recolher todo o material. “Eu não me conformava com essas coisas. Resolvi fazer esse trabalho tendo em vista essas ocorrências, que me deixavam desesperada”.

A aluna Pamela da Silva Bonfim, 11 anos, do 6º ano, que antes ouvia xingamentos e até apanhava, conta que agora vive de outra forma. “Antes, eu ia para a minha cama, começava a chorar. Agora esses apelidos não influenciam em nada. Eles me chamavam de baixinha e tenho esse apelido até hoje, mas não me importo”.

Ao ser apelidada de sem dente, a estudante Ana Paula Prazeres de Ornelas, 11 anos, do 6º ano, mostrou confiança ao enfrentar situação parecida. “Desde o ano passado, começaram a me chamar de sem dente. Eu falo para as pessoas que me xingam que isso não me incomoda, que não vou ficar sofrendo por causa delas. Eles dizem que fazem isso por diversão, mas não acho que seja divertido fazer as outras pessoas sofrerem”.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-10-15/professora-cria-remedio-contra-bullying-em-escola-da-periferia-de-sao-paulo

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Dica de filme!

Hoje é dia de sugestão de filme ligado ao projeto Tosco e a dica é o filme Gênio Indomável (1997).

Abordagem: importância do estudo e professor, inclusão, força de vontade.

Tudo começa quando o professor Lambeau, de uma conceituada instituição universitária norte-americana coloca no quadro-negro um problema matemático que julga ser de impossível solução pelos alunos que frequentam suas aulas.

Alguns dias depois de ter apresentado o aparente "enigma da pirâmide", o professor é surpreendido com a resposta anotada numa das lousas do corredor da universidade. O que foi descoberto a seguir surpreendeu ainda mais o professor, pois o autor de tal feito foi um dos jovens responsáveis pela limpeza e manutenção do ambiente, uma pessoa que nem ao menos frequentava os cursos e que circulava pelo local como servente da instituição: Will Hunting (Matt Damon).

Will é um gênio, mas não consegue aceitar seu dom e prefere usar a máscara de um jovem encrenqueiro, debochado e violento. Ele tem vinte anos, é órfão e escolhe para amigos pessoas pouco ou nada recomendáveis. Além de possuir uma ficha criminal composta por vários delitos, ele procura empregos que não exigem grandes habilidades intelectuais e trabalha então como faxineiro.

O professor Lambeau descobre o dom de Will e deseja tê-lo em sua equipe de matemática, passa a buscar o auxílio para resolver os dilemas de Will e, dessa forma, encaminhá-lo para uma brilhante carreira. O filme Gênio Indomável nos revela como a superdotação pode nascer mesmo nos ambientes mais desfavoráveis, onde existem pressões sociais e financeiras.

Filme lindo e entusiasmante que vale muito a pena assistir!

Portal Educação realiza 1º Simpósio Virtual de Psicologia com autor de "Tosco"





No dia 31 de outubro, a partir das 14 horas (horário de Brasília), será realizado o 1º Simpósio Virtual de Psicologia, promovido pelo Portal Educação. Serão cinco horas de palestras sobre diversos temas relacionados à psicologia e suas vertentes. O Simpósio é de graça.

Dentre os convidados para ministrar as palestras, estará presente o psicólogo e filósofo Gilberto Dari Mattje, especialista em psicanálise, Mestre em psicologia social e da saúde e autor do livro “Tosco”.  A palestra de Gilberto, “Psicologia e Bullying” estará disponível on-line às 16h25min. Na apresentação, Gilberto vai explicar a definição de Bullying, suas características, causas, consequências e formas de prevenção. 

Depois, vai comentar seu livro "Tosco" como ferramenta para a promoção da cultura de paz. O livro tornou-se famoso por ser trabalhado como forma de diminuição da violência e Bullying entre jovens e adolescentes na Rede Estadual de Educação e algumas escolas municipais de diversas cidades do país. Após a realização de projetos relacionados ao livro, constatou-se que a agressividade diminuiu 35% entre os jovens leitores. 

Além de Gilberto, o Simpósio também contará com a presença de membros do Conselho Federal de Psicologia; Alessandra Rios Sanches, membro da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC); Renata Evarini, especialista em "Psicoterapia de Orientação Psicanalítica" e psicóloga no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul e Lara Nassar Scalise, arteterapeuta e Doutora em educação. Após o término das apresentações, será realizada uma Mesa Redonda com os palestrantes.

Para se inscrever ou conferir a programação do Simpósio, basta acessar o link clicando aqui ou na imagem acima e depois clicar no ícone “inscreva-se”. 


Por Andréia Menezes Lorenzoni

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Site mostra como trabalhar a cultura digital na educação


POR VAGNER DE ALENCAR
Materiais produzidos por educadores de três escolas públicas de Pernambuco, Tocantins e Ceará estão sendo disponibilizados em um site para ajudar outros professores do ensino fundamental e médio a trabalharem a cultura digital em sala de aula. O recém lançado portal Telinha na Escola quer estimular educadores e alunos a experimentarem as novas tecnologias de uma forma criativa e que transforme os processos de aprendizagem.

Na sessão “aulas criativas”, por exemplo, há planos de aulas que o ajudam a ensinar sobre o uso das redes sociais, a realizar dinâmicas de reflexão sobre a história das mídias interativas no Brasil ou até mesmo a levar a história do hipertexto para a sala de aula. Na categoria “edição”, estão materiais que auxiliam na criação de vinhetas animadas ou vídeos literários. Enquanto em “mobilidade”, é possível achar conteúdos que orientam o professor a trabalhar temas como mídia e cidadania usando máquinas fotográficas e aparelhos celulares.



O site é resultado de um trabalho realizado, desde 2009, pela ONG Casa da Árvore, nas escolas Arraial Novo do Bom Jesus (PE), Don Alano (TO) e Joaquim Alves (CE). A instituição vem capacitando professores para pensarem e produzirem aulas usando as novas tecnologias. E tudo que é realizado nessas escolas fica disponível para uso livre e aberto (em licença Creative Commons) e pode ser editado, modificado e reproduzido livremente por qualquer educador.

Segundo Aluísio Cavalcante, coordenador do projeto Telinha na Escola, o portal visa estimular professores a desenvolverem e mediarem aulas usando recursos como redes sociais, audiovisual e mapas digitais. “As aulas inovadoras e criativas realizadas pelos professores servem apenas como um ponto de partida para a construção da experiência em novas tecnologias”, afirma. “Nossa ideia é ter uma interface muito simples, que permita uma navegação mais autônoma onde cada um possa aprender aquilo que quer da forma que acha melhor”, diz Cavalcante. 

Arraial Novo do Bom Jesus

Presente na escola municipal Arraial Novo do Bom Jesus, de Recife, desde o início do ano passado, o projeto está capacitando mais de 40 professores do ensino fundamental para o uso dessas ferramentas. Segundo Amanda Morais, diretora da escola, a cultura digital já existia no colégio, mas de modo muito superficial. “Se o professor domina as tecnologias, ele consegue envolver mais os alunos e trabalhar os conteúdos em novos formatos”, afirma. “A iniciativa trouxe um novo gás e aumentou a autoestima dos professores, que estão aprendendo na prática e na própria escola, o que tem ajudado também a fortalecer o trabalho em equipe”, diz.

De acordo com Amanda, uma das surpresas foi o fato de os alunos não dominarem tão bem as tecnologias como o previsto. “Achávamos que os estudantes tinham mais conhecimento do que os professores, mas descobrimos que eles precisavam aprender e se apropriar melhor dessa nova cultura. O que motivou ainda mais os professores.”

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Tosco em poema



Alunos da oitava série 03 da E.E.B Henrique Rupp Junior transformaram o Livro Tosco em Poema:



Alunos: Débora Rampão e Jhonathan Moreira
Série 8 03
E.E.B Henrique Rupp Junior
Campos Novos SC

Tosco

Sou Tosco um menino que sempre ve as brigas dos
meus pais, onde meu pai acabou saindo de casa.
E me envolvi com drogas e bebidas

Depois que mudei de escola e conheci o professor
Jeferson mudei o meu jeito , arrumei um emprego
onde fiquei muito satisfeito

Quando conheci o Pittbull fomos bagunçar em
uma festa.Mas tudo deu errado e no outro dia
fiquei sabendo que  Pittbull foi assassinado

Sabendo o que fui e o que poderia ter sido , mas apesar
de todo acontecido foram meus amigos que fizeram eu
mudar o meu jeito inconsequente e ser  uma pessoa
decente





Participe você também, enviando seu texto para: karolinne@editoraalvorada.com.br

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dinâmica de produção de filmes por alunos muda a realidade na escola


Foto: Thiago Cauduro

O caso real
A EE Madre Lucila Magalhães, de Vitória de Santo Antão, a 53 quilômetros de Recife, em Pernambuco, não é a mesma de quatro anos atrás. Na época, o desrespeito entre alunos era generalizado. “Os alunos se xingavam muito, o que acabava gerando agressões físicas também. Existia muito racismo e uma disputa entre estudantes de diferentes comunidades. Até o patrimônio da escola sofria ações de vandalismo”, conta João Francisco da Silva, professor de História.

Mas o “Stop Bullying”, um projeto de produção e exibição de filmes, liderado por Silva, trouxe novos ares para toda a escola, que atende 1100 alunos.

“Quando resolvi trabalhar assuntos ligados aos Direitos Humanos, em 2008, busquei fazer com que os alunos vivenciassem algumas situações na prática para que percebessem que as ações de violência precisavam ser erradicadas da escola porque comprometiam os laços de uma boa convivência”, explica Silva, que convidou seus alunos para produzir filmes sobre os problemas cotidianos de suas vidas, como drogas, violência, rivalidade e falta de respeito.

Primeiramente, o grupo escolhe o tema a ser trabalhado. Faz-se uma pesquisa sobre ele e só então se inicia a redação do roteiro. Depois vêm os ensaios e, por fim, a gravação e edição. A encenação torna possível problematizar temas difíceis de tratar por meio de debates reais. “A ficção transformou a realidade de nossos alunos”, analisa.

A participação dos alunos é garantida por meio de um revezamento das funções: roteiro, iluminação, manutenção, atuação. “Nunca deixo que ninguém fique de fora”, comenta o professor. 
De 20 integrantes iniciais, hoje o projeto já conta com 120 alunos do Ensino Fundamental e Médio que participam dos encontros semanais no contraturno. Além de exibir os filmes nos espaços da escola, o grupo organiza apresentações em locais públicos da comunidade do entorno.

Aos poucos, o professor conseguiu mobilizar os alunos para uma discussão em torno dos problemas mais recorrentes na vida escolar e sobre a necessidade de mudança de comportamento. O problema não foi completamente extinto, mas uma iniciativa importante já foi tomada. “Antes, os alunos resolviam tudo por meio da violência. Hoje, eles procuram alternativas, principalmente, o diálogo para mediar conflitos dentro e fora do espaço escolar”.

Palavra de especialista
Casos de bullying sempre existiram no ambiente escolar. O que tem mudado, ao longo do tempo, é a forma como estes profissionais estão lidando com ele. “O problema não é ter conflitos na escola e sim como os educadores podem intervir de forma mais construtiva”, explica Adriana de Melo Ramos, pedagoga e doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O primeiro passo para se combater o bullying é identificá-lo e aceitá-lo. Para a pesquisadora, cabe aos professores e gestores estudar e debater o tema, planejar intervenções diretas com os alunos, levar a discussão às famílias e trabalhar com os espectadores. “Só existe bullying porque existe plateia. E é nesse público que os educadores devem focar ações mais específicas”.

Na avaliação de Adriana, o projeto “Stop Bullying” teve a sensibilidade de discutir temas de interesse dos próprios alunos por meio de histórias fictícias, o que contribuiu para que o grupo não se sentisse ameaçado. “É muito mais fácil para as crianças refletirem sobre situações hipotéticas para depois pensar em situações reais porque gera um envolvimento maior”, explica.

Mas a pedagoga chama a atenção para a necessidade de se desenvolver um trabalho de formação continuada com todos os educadores da escola, para que contribuam com a construção de um ambiente mais cooperativo e respeitoso. “Isso não pode acontecer apenas nas aulas do professor João, mas nas diversas aulas que os alunos frequentam, assim como na relação com a equipe gestora”, alerta.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/video-bullying-642479.shtml

terça-feira, 16 de outubro de 2012

RAP do Tosco E. E. B. Willy Hering


Alunas da E. E. B. Willy Hering fizeram um RAP. 
Alunas: Ellen Caroline Jeremias; Suellen Alexandre Hermes; Gabriele Camargo Werle; Sofia Alves Bruggmann. Todas da 7° série vespertino.
"O Rap foi feito baseado na leitura do livro até o capítulo 8. Estamos fazendo em partes e a receptividade deles é ótima.. Eles adoram o livro." - Professora Fabiana Gouveia





RAP DO TOSCO:

A droga fez uma destruição que me deixou na solidão.
Brigo de  noite, brigo de dia...... a minha vida é uma folia..
Eu me sinto sozinho ninguém se mete no meu caminho.
Eu sou um vagabundo, coisas boas não entram no meu mundo.
Eu me acabei de me apaixonar e por uma garota que me fez delirar..
Sou um sujeito muito esperto, já vi a morte bem de perto.
No meio da malandragem levo tristeza na bagagem
Para eu matar logo atiro, ver sangue é o que prefiro.
Quem é da pesada é meu amigo. Meu apelido é perigo.
Ouço gritos todos os dias.. isto é o que me dá alegria.
Aposto se me ver matar, você vai me implorar.....
Para eu ser bonzinho vai demorar.. meu negócio é me vingar..
Eu sou assim... As drogas não vão sair de mim...
Meu amigo teve um fim muito mau, comigo espero que não seja igual...

Dica de Filme!

Mais uma sugestão de filme que pode ser aplicado com os alunos do Projeto Tosco em Ação. O filme de hoje é: Como estrelas na Terra - Toda Criança é especial.


Abordagem: Importância da família e do professor, inclusão.

Ishaan é um garoto de oito anos que não tem muitos amigos. Vive com sua família em um conjunto habitacional na Índia. Ele apresenta muitas dificuldades na escola, tendo sido reprovado no ano anterior. Já seu irmão é o melhor da classe e também vai muito bem nos esportes.
Após uma reunião com os professores de Ishaan, eles informam aos pais que o menino não apresenta avanços na escola, e eles decidem enviar o garoto para um colégio interno, para que seja disciplinado e e tenha êxito nos estudos.
Depois de um período, em que se torna cada vez mais triste e solitário, sofrendo severas punições dos professores, Ishaan conhece o professor Nikumbh, que além do trabalho do colégio, leciona também em um colégio para crianças com necessidades educacionais especiais. É este professor que descobre que Ishaan tem dislexia, e com ajuda dele, junto com os outros professores e com a família de Ishaan, que o garoto começa a compreender o mundo da leitura e da escrita e vê sua vida tomar um rumo totalmente diferente.


Um filme que vale a pena assistir!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Dica de Filmes relacionados ao Projeto Tosco em Ação

Hoje é dia de sugestão de filme ligado ao projeto Tosco, e a dica é o filme JUNO.


Abordagem: Gravidez na Adolescência.


Juno é uma garota de 16 anos, que engravida de seu companheiro de classe Bleeker. Entre diversas situações, ela chega até mesmo a pensar em fazer um aborto, mas desiste na última hora. A partir de então, com a ajuda do pai, da madrasta e da melhor amiga Leah, Juno começa a procurar o casal "perfeito" para criar seu filho, e encara situações delicadas e incomuns para sua idade. É então que elas encontram Mark e Vanessa Loring, um jovem casal que pretende adotar seu primeiro filho. Felizmente, Juno tem o apoio do pai e da madrasta, que depois do choque inicial de que sua filha já tem uma vida sexual com o nada viril Bleeker, decidem unir-se para ajudá-la. O filme mostra, de uma maneira diferente de todas as outras já abordadas no cinema, como é o amadurecimento da jovem e quais as situações a serem encaradas pela jovem mãe.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O BATOM

Eu estava tentando ler, mas de repente ela invadiu minha memória e não saiu mais. Tive que deixar o livro de lado e falar sobre aquela recordação que pedia insistentemente para ser escrita. Cursávamos o Ensino Médio. Eu me recuso a dizer que ano era. Não que isso tenha muita importância, porque uma história recontada sempre carrega um tom de ficção. 

Eu era adolescente. Àquela época, ser adolescente talvez fosse mais fácil porque ainda estávamos livres das escovas de chocolate, marroquinas, inteligente, etc. Naquele tempo, chocolate era um doce com o qual nos empanturrávamos sem culpa; marroquina era uma mulher nascida em algum lugar chamado Marrocos; e inteligente era um adjetivo que usávamos para falar dos nerds da classe (nunca na frente deles, é claro). 


Enfim, são as possibilidades da língua e da tecnologia estética avançada. Hoje as pessoas aprendem línguas estrangeiras em um único, ou melhor, em vários frascos de shampoo: “For oil roots and dry ends”. E o que dizer dos cremes faciais? “Clinical advanced plus – oil control”; “Soin de comblement anti-rides fermeté intensif – formule reforcée”. Quem precisa pagar curso de línguas? Bom, eu estava falando da minha adolescência. Havia na turma uma garota bem diferente de mim. Na verdade, até hoje eu não sei o quanto éramos diferentes. Eu tinha o cabelo da cor de um cesto de palha envernizado: nem claro, nem escuro. A textura também era de palha. Era um crespo quebradiço cujos cacos caíam sobre meus ombros. Nosso uniforme do colégio era uma camisa branca e, em intervalos regulares, eu batia a mão nos ombros para tirar o acúmulo de pedaços de cabelo. Aprendi a fazer isso de forma quase imperceptível, pelo menos era o que eu achava.

Ela tinha os cabelos cacheados, de um castanho reluzente, que desciam pelo meio das costas, inquebráveis. Naquela época eu morava com minha avó que, com seus 78 anos, era muito pobre e tínhamos que fazer milagre para passar o mês. Ela não parecia ser rica, mas dava pra ver que tinha a pele nutrida por todas aquelas vitaminas que dizem fazer bem pras queratinas e elastinas. Meu olhar era sempre embaçado, triste, baixo e embargado por uma lágrima iminente, vesúvica. Eu me parecia com Macabéa, a personagem de Clarice Lispector em A Hora da Estrela, “tinha um olhar de quem tem uma asa ferida”. Seu rosto era marcado por olhos vivos, ávidos, brilhantes e sorridentes. Os meus lábios eram grossos, como aqueles das atrizes famosas, que dizem ser bom de beijar, tanto que as mulheres pagam caro pra ter iguais. Apesar disso, eram pálidos e denunciavam uma latente anemia. Os dela eram mais finos, mas irrequietos, falantes. Sempre com algum colorido que puxava pros tons marrons. Todas as vezes que olhava pra ela, minha visão era trespassada pela linha branca de seus dentes que estavam sempre à mostra num sorriso largo. Meu nariz era calombudo, o dela, milimetricamente desenhado. Ela possuía já naquela idade os ardis da mais sedutora feminilidade. Sabia fazer caras e bocas para encantar os meninos. O que na literatura balzaquiana é chamado de “coqueteria”. Eu era seca, não só de corpo, mas de toda e qualquer mascarada de feminilidade. Não éramos amigas, nem inimigas. 

Mas um dia aconteceu um episódio que marcou profundamente os meus dias. A cada bimestre era publicado o jornalzinho do grêmio estudantil. Nele havia uma seção de recadinhos românticos e, em uma das publicações, soube que havia um recado pra mim. Foi aí que meu coração deu pinotes, senti pela primeira vez que minhas maçãs do rosto estavam coradas. Um fiapo de saúde desenhou-se em minha face seca. A palpitação foi maior do que a que eu sentia ao avistar Henrique, o garoto do terceiro ano de quem eu gostava. Mas era um gostar com sabor de chá morno porque eu não achava que um dia ele pudesse sequer me olhar, e foi por ter acreditado sempre nessa impossibilidade que senti o peito arrebentando de expectativa, pois pensei que pudesse ser dele. Desci as escadarias correndo para alcançar o mural do grêmio que parecia estar a léguas de mim. Quando cheguei, deparei-me com um recado que tive de ler e reler:

Oi Selminha!

Sou louco por você, a garota mais bonita da escola.

Eu me amarro no seu cheirinho ardido e me perderia nos seus cabelos sarará.

Assinado: Admirador Secreto.


O chão rodou sob meus pés, as luzes ficaram cem vezes mais fortes a ponto de quase me cegarem. Saí correndo dali sem saber minimamente pra onde ia. Os meus lábios pálidos tremiam e o ar, em turbulência por causa da minha corrida, fazia gelar as lágrimas que corriam horizontalmente no meu rosto. A primeira coisa que vi foi a familiar placa do banheiro. Entrei e dei de cara com ela, que me olhou assustada e perguntou o que havia acontecido. Eu chorava e, quando consegui falar, contei envergonhada sobre o recado. Meus olhos estavam cravados no chão. Ela ficou alguns segundos em silêncio, talvez pensando no que dizer diante de uma situação dessas. Em seguida lentamente me virou até que eu ficasse de frente para o espelho que cobria a metade da parede. Ergueu meu queixo até que meus olhos, avermelhados, encarassem a imagem refletida. Então ela me disse que cada pessoa tem a própria beleza e que é isso o que nos dá um toque de peculiaridade. Disse que cada um era belo a seu modo e que só nos restava ter pena de quem fazia aquele tipo de piada sem graça. Eu me acalmei aos poucos e nós voltamos pra sala de aula. 



No dia seguinte ela discretamente me chamou no canto e tirou um embrulhinho do bolso. Era um presente! Eu abri e me deparei com um batom, o primeiro da minha vida. Ela disse logo, antes que ficássemos sem graça pela ocasião, que era um batom caramelo, estavam usando muito. O nome da cor era Beso. Daquele dia em diante não foi somente a minha boca que aquele batom coloriu. Algo que não sei explicar operou-se em mim. Era como se a cada vez que eu passasse o batom, imediatamente me tornasse outra pessoa. Até me achava parecida com ela. Quando terminamos o Ensino Médio, entrei num curso profissionalizante de maquiagem e apaixonei-me por este ofício de tal maneira que fiquei excelente nele. E sempre que vou maquiar alguma mulher eu faço com que ela olhe no espelho e veja sua beleza. Antes de iniciar a pintura é como se eu olhasse em cada rosto o meu próprio recriado naquela cena do banheiro da escola. Lembro então de cada palavra e sei que cada mulher é bela à sua maneira. Penso que cada face é uma obra de arte, inclusive a minha.


Isloany Machado

 Escrito em 18 de junho de 2012.